Jesús Rafael Soto
Biografia
Jésus Rafael
Soto (Ciudad Bolívar, 5 de junho de 1923 - Paris, 14 de janeiro de 2005) foi um
artista plástico venezuelano. Em sua adolescência, trabalhou como artista
comercial, pintando posters para teatros locais. Em 1942, ganhou
uma bolsa para estudar na Escola de Artes Plásticas de Caracas, onde conheceu Carlos Cruz-Díez e Alejandro Otero. Ao
tomar contato com uma pintura cubista de Georges Braque, ficou interessado em formas geométricas de
expressão.
Logo
depois de se formar, dirigiu a Escola de Artes Plásticas de Maracaibo de 1947 a 1950, quando
mudou-se para Paris. Lá, iniciou sua ligação com o abstracionismo
geométrico e a arte cinética, associando-se a Yaacov Agam, Jean Tinguely, Victor Vasarely e outros artistas conectados ao Salon des Réalités
Nouvelles e à Galeria Denise René.
Por volta
de 1951, o venezuelano começou a expor obras que envolviam
um elemento de vibração, através da repetição dos elementos formais. Para ele,
o uso da repetição era uma maneira de se libertar dos conceitos formais da arte
tradicional, que estava ligada à arte figurativa. Ele
achava que a verdadeira arte abstrata só poderia se transfigurar com a performance do
movimento. Nas repetições ópticas, desenvolveu trabalhos em alto relevo, que
lhe renderam o status de pintor e escultor.
Em 1953, Soto
começou a investigar possibilidades de aprimorar seu estilo de criar novos
efeitos ópticos. Pela primeira vez, fez uso de motivos cinéticos em sua obra. O
artista aplicou, em seguida, os princípios da sobreposição dos motivos de
tramas curvas ou das elipses. A seguir, produziu uma série de estruturas
cinéticas que seriam exibidas em 1956.
A partir
dos anos 70, Soto expôs em lugares como o MOMA e o Museu Guggenheim, em Nova York, o Centre Georges Pompidou, em Paris. Participou da Bienal de Veneza de 1966 e da Bienal de São Paulo em 1996.
Obra
Soto é
particularmente famoso pelos seus "penetráveis", esculturas em que as
pessoas podem passear e interagir. Um exemplo é o Penetrável de Plástico,
que integra o acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade
de São Paulo. A obra
permite que o observador a atravesse por entre fios translúcidos e suspensos.
Também
produziu trabalhos monumentais para espaços públicos, como os murais do prédio
da Unesco, em Paris. Outras obras de Soto adornam o teto do
salão principal do Teatro Teresa Carreño, em Caracas, e o interior da estação
de metrô em Caracas Chacaito. Esta última se estende para o
exterior da estação e pode se ver a partir da superfície, na Praça Brion
Chacaíto.
Em sua
homenagem, o governo da Venezuela abriu o Museu Jesus Soto em Ciudad Bolivar,
em 1973.
Morre Jesús Rafael Soto, pai da arte cinética
Jesús Rafael Soto, considerado o pai da arte cinética, morreu em Paris aos 81 anos.
Soto, casado e com quatro filhos, morreu no dia 14 de janeiro de 2005, em sua casa na capital francesa depois de um longe período doente, e os funerais foram realizados no cemitério de Montparnasse.
O artista, nascido em Ciudad Bolívar, "a cidade da Venezuela mais ligada ao imaginário, a mais próxima da selva", nas suas palavras, estudou Belas Artes em Caracas e se mudou para Paris em 1950.
Soto, que no início de sua vida em Paris ganhou a vida como violonista nos clubes de Saint-Germain-dês-Prés, produziu em poucos anos uma série de obras decisivas, como Repetition Optique n.2 (1951), um grande painel amarelo e preto no qual um mesmo elemento geométrico se repete ao infinito. "Meu objetivo era despersonalizá-lo até o anonimato", explicou o artista então.
Em 1955, Soto participou da exposição histórica sobre O Movimento em uma galeria de Paris, na qual apresentou Spirale, sua primeira estrutura cinética, constituída por duas espirais sobrepostas.
Carlos Henrique
Mateus Nícolas
Rafael Lima
Bibliografia retirada de : http://pt.wikipedia.org/wiki/Jes%C3%BAs_Rafael_Soto
http://diversao.terra.com.br/arteecultura/noticias/0,,OI457575-EI3615,00-Morre+Jesus+Rafael+Soto+pai+da+arte+cinetica.html
http://diversao.terra.com.br/arteecultura/noticias/0,,OI457575-EI3615,00-Morre+Jesus+Rafael+Soto+pai+da+arte+cinetica.html